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Foto do escritorHerbal Saboaria

O que a história do Louro tem a ver com as Olimpíadas?

Atualizado: 19 de set. de 2022

Hoje queremos te apresentar uma das ervas aromáticas – e medicinais – favoritas da Herbal Saboaria: o Louro, uma erva muito especial que faz parte da memória afetiva de muita gente, quem já sentiu aquele cheirinho especial na comida caseira não esquece do aroma marcante e também do sabor especial que as folhas de louro deixam no feijão, ensopados e marinados.

Além de ser usado devido ao seu aroma especial, o louro é também utilizado há centenas de anos como um remédio natural para diversas condições relacionadas à saúde e sua história remete às origens da civilização ocidental: a Grécia Antiga. Que tal acompanhar a gente nessa história?!


Também conhecido por seu nome científico Laurus nobilis, esta erva medicinal e aromática é natural da bacia do Mediterrâneo. A planta apresenta-se em forma de arbusto perene que pode atingir até 10 metros de altura e era tradicionalmente usada para trançar grinaldas e coroas que simbolizavam vitória nos eventos esportivos da Grécia Antiga. Nos dias atuais o louro permanece como sinônimo de conquistas e sucesso. Um laureado, por exemplo, é alguém simbolicamente “coroado por louros” que demonstrou superioridade perante os outros e deve ser premiado, honrado. A planta também está na raiz da palavra bacharelado (baccalaureate), graduação que confere o título de bacharel ou bacharela, uma das mais conhecidas modalidades de nível superior.

Na Grécia Antiga as folhas eram entrelaçadas para formar coroas, rosários, guirlandas e grinaldas que seriam presenteadas aos atletas vencedores dos jogos Píticos, que aconteciam a cada quatro anos em Delfos, nos quais diversas competições atléticas e musicais eram realizadas em honra aos deuses olímpicos, um deles o deus greco-romano Apolo, associado ao sol, aos esportes, música, dança, verdade, profecia e poesia. Os jogos Píticos eram realizados em todo Agosto do terceiro ano de cada Olimpíada, que significa o período de 4 anos entre os Jogos Olímpicos, tradição mantida até os dias atuais.

A conexão entre o louro e o deus Apolo remete à mitologia greco-romana. De acordo com o mito, Apolo teria zombado de Eros, o deus do amor, por considerar o arco e flecha uma arma muito poderosa para um deus tão jovem. Eros, sentindo-se insultado, preparou então duas flechas: uma de ouro e outra de chumbo. Eros mirou e acertou Apolo com a flecha de ouro, fazendo com que Apolo imediatamente se apaixonasse por Dafne, ninfa dos rios; e acertou Dafne com a flecha de chumbo, provocando nela imenso ódio por Apolo. Dafne rejeitava todos os potenciais amantes, contrariando seu pai Peneus, deus dos rios. Apolo insistia em ser o par romântico de Dafne, que então suplica ao seu pai que Apolo deixe de persegui-la. Como resposta ao pedido de sua filha, Peneus transforma-a em uma árvore de louro, a qual Apolo promete honrar pela eternidade, usando nela seus poderes de juventude eterna e imortalidade, daí a cor sempre verde das folhas do louro e sua perenidade. A história de Apolo e Dafne é uma das histórias mais antigas de amor não correspondido, e ao mesmo tempo a explicação mítica para a origem do louro.

O deus Apolo é frequentemente representado usando uma coroa de louros, assim como o general romano Julio César e o general francês, Napoleão Bonaparte, como símbolo de suas vitórias e conquistas.


O uso medicinal do louro é relatado nos mais antigos tratados médicos, tendo seu uso descrito pelo naturalista romano, Plínio o Velho, que deixou registro do uso do louro como tratamento para diversas condições, como paralisia, espasmos, dores ciáticas, hematomas, dores de cabeça, eliminação do muco, infecções nos ouvidos e até reumatismo.


A análise química do louro demonstra que o óleo essencial desta planta é rico em compostos orgânicos como o eucaliptol, pinena e eugenol. Estes compostos possuem ação anti-inflamatória, antioxidante, sendo indicados como auxiliares no tratamento de doenças respiratórias, pancreatite, doenças neurodegenerativas e cardiovasculares, inflamações na mucosa bucal, dor de dente e conhecido por promover alívio das dores e relaxamento. Estudos científicos indicam que esses compostos podem ajudar na redução da proliferação e vírus ou bactérias.


Devido às suas propriedades medicinais, o óleo de louro é um ingrediente muito indicado para saúde da pele e dos cabelos. Este óleo está também associado à história da fabricação de sabonetes, sendo historicamente utilizado na fabricação de um dos mais antigos e tradicionais sabonetes que se tem registro: o sabonete de Aleppo, cuja composição pode conter de 5% a 40% de óleo de louro. O sabonete com óleo de louro é conhecido por seu aroma caraterístico e tom esverdeado e é indicado como auxiliar no tratamento de problemas como acne, eczema, psoríase, herpes, dermatite, infecções fúngicas, irritações na pele e também no escalpo, como caspa, seborreia, entre outras.


Como muitos já sabem, aqui na Herbal Saboaria somos grandes fãs da história das ervas, bem como de seus usos na medicina tradicional e novas descobertas científicas. Usamos um método de fabricação milenar e totalmente artesanal e, além disso, pesquisamos a fundo a história e propriedades de cada uma das plantas utilizadas em nossa pequena fábrica. Por isso não podíamos deixar essa erva tão aromática e tradicional fora do nosso catálogo. Em breve você poderá experimentar o Sabonete de Aleppo da Herbal Saboaria, com 20% de óleo de louro, óleo de oliva e curado por seis meses. Essa barra é uma das mais especiais que fabricamos, sua fórmula foi estudada por muito tempo e pensada com muito carinho. Os primeiros lotes serão limitados, portanto, fique em alerta em nossas páginas.


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Um grande abraço,


- Equipe Herbal Saboaria.

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